Adaptação de prótese auditiva e a privação da audição unilateral: avaliação comportamental e eletrofisiológica

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

O fenômeno da Privação Auditiva Unilateral de Início Tardio foi reportado em 1984. No entanto, ainda se observa um expressivo número de adaptações de próteses auditivas unilaterais, nos casos de perdas auditivas bilaterais, justificadas por fatores não auditivos, tais como custo, vaidade, desinformação ou políticas públicas de saúde. OBJETIVO: Investigar, por meio de avaliação comportamental e eletrofisiológica, o desempenho auditivo de adultos que fazem uso de amplificação unilateral, comparados àqueles expostos à estimulação auditiva simétrica bilateral. MÉTODO: Participaram deste estudo 35 indivíduos adultos com perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica, usuários regulares de prótese auditiva unilateral, bilateral e não usuários de prótese auditiva por meio de testes de avaliação comportamental e eletrofisiológica. RESULTADOS: A análise de variância revelou que, no grupo usuário de amplificação unilateral, a latência do P300 foi significantemente maior na orelha que sofreu a privação auditiva comparada a orelha com prótese auditiva (p < 0,05). Também foi encontrado desempenho significantemente pior deste grupo no reconhecimento de sentenças no ruído (LSP) realizado em campo livre. CONCLUSÃO: Os resultados reforçam os achados da literatura de que a privação auditiva unilateral pode levar a mudanças fisiológicas e perceptuais.

ASSUNTO(S)

auxiliares de audição perda auditiva bilateral potenciais evocados auditivos potencial evocado p300 privação sensorial

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