Adaptabilidade e estabilidade fenotÃpica de cultivares de feijÃo de corda / ADAPTABILITY AND PHENOTIPIC STABILITY IN CULTIVARS OF COWPEA

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/08/2009

RESUMO

O feijÃo-de-corda (Vigna unguiculata (L.) Walp.), à uma espÃcie cultivada de grande importÃncia para a alimentaÃÃo das populaÃÃes rurais e urbanas das regiÃes tropicais e subtropicais do mundo. A produtividade dessa espÃcie varia muito, em virtude, principalmente, das variaÃÃes climÃticas e da utilizaÃÃo de materiais genÃticos pouco produtivos ou com caracterÃsticas indesejÃveis. A produtividade de grÃos à influenciada por efeitos genotÃpicos (G), efeitos ambientais (E) e das interaÃÃes genÃtipo x ambiente (G x E), que levam ao comportamento diferencial dos genÃtipos nos diversos ambientes. A interaÃÃo G x E pode ser caracterizada por estudos sobre adaptabilidade e estabilidade fenotÃpica por meio de diversas tÃcnicas. Com base nisso, esta pesquisa objetivou verificar a magnitude da interaÃÃo G x E, e a sua conseqÃÃncia na adaptabilidade e a estabilidade fenotÃpica da produtividade de grÃos de quinze cultivares de feijÃo-de-corda, por meio de quatro metodologias (Eberhart e Russell, Cruz, Torres e Vencovsky, Lin e Binns e AMMI ou âAdditive Main effects and Multiplicative Interactionâ). Os experimentos foram conduzidos em cinco municÃpios (Alto Santo, Barreira, CrateÃs, Itapipoca e Limoeiro do Norte) do estado do CearÃ, em cultivo de sequeiro nos anos 2006 e 2007. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 15 tratamentos e quatro repetiÃÃes. A parcela experimental teve dimensÃes de 3,0 m x 5,0 m, com quatro fileiras, espaÃadas de 0,75 m entre, e 0,25 m dentro das fileiras. As duas fileiras centrais corresponderam à Ãrea Ãtil. O desbaste foi feito aos 15 dias apÃs plantio deixando-se em mÃdia duas plantas por cova. Os ambientes corresponderam à combinaÃÃo de ano e local totalizando dez ambientes, dos quais foram utilizados oito para as anÃlises estatÃsticas. O efeito de ambientes foi mais importante do que o efeito da interaÃÃo genÃtipos x ambientes (G x E), e este mais importante do que o efeito de genÃtipos. A magnitude da interaÃÃo G x E para a produtividade de grÃos foi alta, indicando que este à um caractere instÃvel. A regressÃo linear de Eberhart e Russell nÃo classificou nenhum dos genÃtipos testados como de adaptaÃÃo geral, nem estÃvel nos ambientes avaliados. A regressÃo bissegmentada de Cruz, Torres e Vencovsky caracterizou os genÃtipos quanto à adaptabilidade em condiÃÃes especÃficas de ambientes favorÃveis, desfavorÃveis ou de adaptaÃÃo geral, mas todos instÃveis. O mÃtodo de Lin e Binns classificou simultaneamente os genÃtipos quanto à adaptabilidade e estabilidade com apenas um parÃmetro, ordenando os genÃtipos em sequÃncia decrescente. O mÃtodo AMMI possibilitou a explicaÃÃo da maior parte interaÃÃo G x E nos dois primeiros CPIs. Esse mÃtodo classificou os genÃtipos e ambientes quanto a estabilidade de forma precisa em dois biplots. A correlaÃÃo de Spearman indicou que alguns parÃmetros das diferentes metodologias utilizadas estÃo diretamente associados nÃo devendo ser utilizados simultaneamente, enquanto outros nÃo associados podem ser usados em complementaridade. Os genÃtipos que reuniram mais adaptabilidade com estabilidade para produtividade de grÃos foram: Inhuma, BR 17 â GurguÃia, BRS-MarataoÃ, Sempre Verde-CE, BRS-ParaguaÃu e BRS-Rouxinol, pela combinaÃÃo de vÃrios parÃmetros.

ASSUNTO(S)

melhoramento vegetal interaÃÃo genÃtipo x ambiente produtividade ammi estabilidade genotype by environments interaction ammi yield stability

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