Acute pain in the critically ill patient: revisiting the literature

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Conforme redefinição, a dor aguda é uma experiência somática, com percepção individual de ameaça física ou existencial, compreendendo componentes afetivos, cognitivos e comportamentais. Em pacientes críticos, a dor representa um sintoma frequente e mal controlado, ocasionando piores desfechos. O objetivo deste estudo foi explorar a temática da dor aguda nos pacientes críticos adultos, com enfoque em alguns aspectos de fisiopatologia, além de atualizações em relação a diagnóstico, terapêutica multimodal e discussão de seu controle como um marcador de boa prática assistencial. CONTEÚDO: Foi realizada estratégia de busca com os descritores previamente definidos nos portais Pubmed e Cochrane, no período de 2011 a 2021, sem filtro de restrição para idioma. A dor aguda representa uma resposta fisiológica a um estímulo nociceptivo, tendo alta relevância por sua capacidade de ativar vias complexas (inflamatórias, hormonais e imunes), com repercussões sistêmicas. A avaliação da dor é frequentemente realizada através de escalas reconhecidas, porém com validação limitada em pacientes com trauma cranioencefálico, queimados e portadores de delirium e/ou demência acentuados. Os estudos considerando esses pacientes apontam para o uso de novas tecnologias na tentativa de objetivar esse diagnóstico, como a pupilometria à beira leito e o uso de plataformas capazes de integrar medidas multiparamétricas. Em relação à terapêutica, o conceito de analgosedação, objetivando priorização de analgesia nos pacientes críticos, apresenta abordagem capaz de melhorar desfechos clínicos. Além disso, há preferência da terapêutica multimodal como boa prática médica através da associação de diferentes fármacos com diversos mecanismos de bloqueio nociceptivo como estratégia para alcançar controle álgico e facilitar a redução do consumo de opioides. CONCLUSÃO: Por seus efeitos sistêmicos e sua prevalência, a dor aguda ainda é problemática relevante nas unidades de terapia intensiva. Novos métodos diagnósticos estão sendo comercializados com a proposta de objetivar essa avaliação em pacientes complexos. A abordagem da dor aguda deve priorizar o emprego de técnicas multimodais, que apresentam respostas clínicas mais consistentes, além de redução no consumo de opioides. A existência de equipes multidisciplinares especializadas no controle da dor no ambiente hospitalar é capaz de auxiliar em casos difíceis e ajudar nas auditorias de qualidade.

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