Acurácia diagnóstica da biópsia percutânea com agulha grossa orientada por estereotaxia nas lesões mamárias categoria BI-RADS® 4
AUTOR(ES)
Moutinho, Maria Silvia Petty, Elias, Simone, Kemp, Cláudio, Nazário, Afonso Celso Pinto, Baracat, Edmund Chada
FONTE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
OBJETIVO: avaliar a acurácia da biópsia com agulha grossa (BAG) orientada por estereotaxia nas lesões mamárias categoria BI-RADS® 4. MÉTODOS: realizou-se uma análise retrospectiva das lesões categoria BI-RADS® 4 que foram submetidas à BAG orientada por estereotaxia no período de junho de 1998 a junho de 2003. As pacientes com resultados benignos, mas com baixa suspeição à imagem radiográfica, foram orientadas a acompanhamento mamográfico. As pacientes com resultados malignos ou com lesões especiais (atipias e lesões papilíferas) foram submetidas ao tratamento padronizado. Aquelas com resultado benigno, mas que apresentavam imagem mamográfica de maior risco, foram encaminhadas para biópsia cirúrgica (BC). Foram considerados padrão-ouro (1) o acompanhamento radiográfico inalterado por, no mínimo, três anos daquelas lesões de baixa suspeição que resultaram benigno na BAG e (2) os resultados das biópsias cirúrgicas, quando essas foram realizadas (nas BAG cujos resultados foram malignos ou benignos com imagem de maior risco). Foram realizados os cálculos estatísticos de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo do método. RESULTADOS: das 118 lesões não palpáveis categoria BI-RADS® 4 submetidas à BAG orientada por estereotaxia, 27 casos correspondiam à doença maligna, 81 eram benignas e 10 eram lesões com atipia ou papilíferas. Para a análise estatística, foram selecionados 108 pacientes (excluídas as lesões com atipia e papilíferas). A sensibilidade da BAG foi de 87,1% e a especificidade foi de 100%. O valor preditivo positivo foi de 100% e o negativo, de 95,1%. A acurácia da BAG nessa casuística foi de 96,3%. A taxa de falso-negativo foi de 3,7% (4/108). A prevalência de diagnóstico de malignidade nas lesões BI-RADS® 4 nessa amostra foi de 29,7% (31/118). CONCLUSÕES: a biópsia estereotáxica com agulha grossa mostrou-se uma alternativa segura à BC. Quando seu resultado é positivo, orienta o planejamento terapêutico, e, quando negativo (em imagens radiográficas de baixa suspeição), permite o acompanhamento.
ASSUNTO(S)
mamografia mama mama neoplasias mamárias biopsia por agulha técnicas estereotáxicas
Documentos Relacionados
- Core biopsy no diagnóstico das lesões mamárias impalpáveis na categoria mamográfica BI-RADS® 5
- Classificar as lesões mamárias da categoria BI-RADS 4 pela ressonância magnética em subdivisões: é viável?
- Valores preditivos positivos das categorias 3, 4 e 5 do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®) em lesões mamárias submetidas a biópsia percutânea
- BI-RADS® ultrassonográfico: análise de resultados iniciais
- Estudo de lesões mamárias suspeitas (BI-RADS 4) por sequência ponderada em difusão: estratificação baseada na histopatologia