Acolhe-me em teu colo: a função do corpo do analista no tratamento psicanalítico com a criança autista
AUTOR(ES)
Caroline Fabrine Nunes Araújo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
A clínica psicanalítica com crianças ensimesmadas despertou o interesse e a necessidade de se pesquisar a importância sensorial do corpo do analista no tratamento com a criança autista. O tema dessa pesquisa é a função do corpo do analista no tratamento psicanalítico com a criança autista. A proposta central é pesquisar e discutir a função do corpo do analista, um corpo que favorece a criação de um ambiente holding e continente das angústias do paciente, pensando a relação do analista com a criança para além dos limites da interpretação. Para isso, adota-se a postura de analista nãointérprete (Tafuri, 2003), uma postura que implica estar com a criança à sua maneira, oferecendo uma escuta diferenciada. Nessa pesquisa, relata-se a evolução do tratamento de uma criança autista, dando ênfase à função de continência do analista a partir da relação sensorial corporal estabelecida entre ele e a criança. A relevância do corpo do analista no tratamento da criança autista remete às primeiras experiências sensoriais mãe-bebê, onde a mãe se adapta às necessidades do seu bebê, fornecendo o ambiente para que ele possa se constituir como sujeito. A relação entre o analista e a criança autista se baseia no paradigma da relação mãe-bebê, que será desenvolvida ao longo desse estudo.
ASSUNTO(S)
autism containing transference ambiente holding continência psicologia body holding environment autismo transferência corpo
Documentos Relacionados
- Dos sons à palavra: explorações sobre o tratamento psicanalítico da criança autista
- A influência do tratamento musicoterapêutico aplicado à criança com transtorno autista
- A supervisão na formação do analista e do psicoterapeuta psicanalítico
- O que pode o corpo de uma criança autista?
- O Percurso de um analista: A Presença do analista do corpo ao espírito