Aço de alta dureza para aplicação balística: propriedades mecânicas

AUTOR(ES)
FONTE

Matéria (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/09/2019

RESUMO

RESUMO Blindagens balísticas são projetadas a resistir determinadas ameaças, que dependem da aplicação. Estas ameaças podem ser geradas por projéteis de armas de fogo ou estilhaços provenientes de explosões com diferentes energias cinéticas. Os materiais normalmente utilizados para este propósito são metálicos, não metálicos e compósitos, sendo seu desempenho avaliado por ensaios dinâmicos, tais como o realizado na Barra Hopkinson de Pressão e os balísticos no nível de proteção pretendido. Entretanto, o material pode ser previamente avaliado por ensaios mecânicos tradicionais, como por exemplo, ensaio de impacto e de dureza superficial, classificando-o como material passível de ser usado em proteção balística. Além disto, no processo de fabricação em série de viaturas militares de combate, o controle de qualidade dos materiais utilizados pode ser realizado através dos ensaios mecânicos citados, indicando se este atende os requisitos estabelecidos. Devido sua relação custo/resistência balística, o aço ainda é o material mais utilizado na confecção de viaturas de combate. Algumas normas internacionais indicam as propriedades mecânicas mínimas, necessárias a uma determinada ameaça, que o material deve possuir para assegurar o seu desempenho balístico. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a adequabilidade de um aço de alta dureza, produzido por siderúrgicas Brasileiras, proposto para a fabricação de viaturas militares com nível de proteção até a munição 7,62 mm, através do ensaio de impacto, dureza e dobramento segundo o estabelecido na norma MIL-DTL-46100E. A análise da superfície de fratura, das amostras ensaiadas por impacto Charpy, foi realizada com o objetivo de correlacionar as propriedades mecânicas do material com o modo de fratura dos mesmos. Os resultados obtidos e as caracterizações da superfície de fratura sugerem que este aço não possui o comportamento mecânico adequado para o uso em viaturas de combate, porém sendo necessária a comprovação através do ensaio balístico.ABSTRACT Ballistic armors are designed to resist specific threats, which depend on the application. These threats can be generated by firearm projectiles or fragments from explosions with different kinetic energies. The materials usually used for this purpose are metallic, nonmetallic and composite, being evaluated by dynamic tests, such as the Hopkinson Pressure Bar and the ballistic ones at the desired level of protection. However, the material can be previously evaluated by traditional mechanical tests, such as impact and surface hardness tests, classifying it as a material that can be used in ballistic protection. Also, during of serial production of military combat vehicles, the quality control of the applied material can be done by mechanical tests like the mentioned above to verify compliance with the established requirements. Due to its cost / ballistic resistance ratio, steel is still the most used material to produce of combat vehicles. There are international standards that show the minimum mechanical properties that a steel need to get specific ballistic protection. The objective of this work was to evaluate the compliance of a high hardness steel, produced by Brazilian steel company, proposed for the production of military vehicles with protection level up to ammunition 7.62 mm, through the impact, hardness and bending tests with the MIL-DTL-46100E. The analysis of the fracture surface of the samples tested by Charpy impact was carried out to correlate the mechanical properties of the material with the fracture mode. The results obtained and the characterization of the fracture surface suggest that the studied steel does not have the mechanical behavior suitable for the use in combat vehicles, been necessary to prove it through the ballistic test.

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