Ácido salicílico induz resistência à Tuta absoluta e Tetranychus urticae em tomateiro

AUTOR(ES)
FONTE

Hortic. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação exógena de ácido salicílico como indutor de resistência ao ácaro-rajado e à traça em genótipos de tomateiro. Para isso, realizaram-se bioensaios com três genótipos comerciais (‘Redenção’, ‘Giuliana’ e ‘Alambra’) e um silvestre (Solanum habrochaites var. hirsutum acesso PI-127826). Determinou-se a distância média percorrida pelo ácaro-rajado e o número de ovos depositados sobre os folíolos dos genótipos. Com relação ao bioensaio da traça-do-tomateiro, foram avaliados o número de ovos e lagartas na superfície do folíolo e a porcentagem de área foliar consumida pelas lagartas por meio de digitalização dos folíolos. Além disso, avaliou-se a severidade do ataque na planta utilizando uma escala de notas referente a danos, tipos de lesões e folíolos atacados. A aplicação de ácido salicílico induziu resistência nos genótipos comerciais para ambas as pragas, diminuindo a oviposição do ácaro e da traça do tomateiro. Os ácaros percorreram menor distância nos folíolos dos genótipos que receberam tratamento com ácido salicílico nas concentrações intermediarias, indicando efeito benéfico da substância na indução de resistência. A severidade do ataque da traça do tomateiro, também foi coibida quando aplicadas doses intermediárias de ácido salicílico. Entretanto, observou-se resistência superior do acesso PI-127826 em relação aos demais genótipos. Isso indica que a resistência de PI-127826 se deve à defesa constitutiva, enquanto que nos genótipos comerciais as defesas são dependentes, em parte, de respostas de indução mediadas pelo ácido salicílico. Dessa forma, pode se inferir que o ácido salicílico é eficiente como indutor de resistência ao ácaro rajado e à traça-do-tomateiro, sendo bastante promissor dentro de um manejo integrado de pragas em cultivos comerciais de tomateiro.

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