Ácido acetilsalicílico oral e prevalência de queratoses actínicas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

Objetivo: Queratoses actínicas são proliferações atípicas de queratinócitos com potencial para se transformarem em carcinoma invasivo. Estudos clínicos e laboratoriais têm observado um efeito preventivo de anti-inflamatórios não hormonais no desenvolvimento de diversas neoplasias. Neste estudo, investigamos a influência do uso regular do ácido acetilsalicílico na prevalência de queratoses actínicas. Métodos: Estudo caso-controle com pacientes dermatológicos acima de 50 anos de idade, avaliados entre 2009 e 2011. Os casos foram definidos como aqueles que estavam sob uso regular de ácido acetilsalicílico por via oral por mais de seis meses consecutivos. Avaliou-se idade, sexo, fototipo, tabagismo, uso de medicamentos, ocorrência de câncer de pele no indivíduo ou na família, hábitos de proteção e exposição solar. As queratoses actínicas foram contadas nos membros superiores e região medial da face. As contagens foram ajustadas pelas covariáveis em um modelo linear generalizado. Resultados: Um total de 74 casos e 216 controles foi avaliado. O tempo médio de uso de ácido acetilsalicílico foi de 36 meses. Casos diferiam dos controles quanto a idade mais elevada, maior prevalência de uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina e menos queratoses na face e membros superiores (p <0,05). O modelo multivariado mostrou que o uso do ácido acetilsalicílico esteve associado a contagens mais baixas de queratoses actínicas na face de queratoses não hipertróficas nos membros superiores (p <0,05). Conclusão: O uso regular do ácido acetilsalicílico por via oral por mais de seis meses esteve associado a uma menor prevalência de queratose actínica, especialmente faciais e eritematosas.

ASSUNTO(S)

queratoses actínicas ácido acetilsalicílico prevalência fatores de risco

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