Acidentes relacionados ao treinamento durante a atividade docente-discente-assistencial de estudantes de medicina

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-10

RESUMO

Este estudo transversal foi realizado para avaliar acidentes com material biologicamente contaminado entre estudantes de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi aplicado um questionário individual de resposta espontânea e sigilosa, em 694 (43,4%) estudantes do quinto ao décimo segundo semestres do curso médico. Foram relatados 349 acidentes, com aumento progressivo de 33,9 até 52,3% entre os estudantes do quinto ao décimo primeiro períodos, respectivamente. Cerca de 63% dos acidentes foram com agulha ou objeto cortante; 18,3% afetando mucosas; 16,6% a pele; 1,7% simultaneamente a pele e a mucosa. Os contaminantes principais foram sangue (88,3%) e secreção vaginal (1,7%). As regiões do corpo mais freqüentemente afetadas foram as mãos (67%), olhos (18,9%), boca (1,7%) e outras (6,3%). Os procedimentos realizados no momento em que o acidente ocorreu foram sutura (34,1%), administração de anestesia (16,6%), participação em cirurgia como observador (8,9%), punção de veia com agulha (8,6%), observação de parto (6,3%) e outros (25,9%). O setor de biossegurança da instituição foi procurado por 49% dos acidentados para a busca de providências pertinentes à cada caso. Destes estudantes, 29,2% não receberam assistência médica considerada adequada e esclarecedora para sua situação. Cerca de 8 % dos estudantes receberam antiretrovirais, destes 86% descontinuaram o tratamento com o resultado do exame Elisa rápido feito no paciente fonte (VIH-negativo); 6,4% descontinuaram o tratamento devido aos efeitos colaterais das drogas usadas e 16% completaram corretamente o tratamento.

ASSUNTO(S)

virus da imunodeficiência humana estudantes de medicina lesões provocadas por agulhas sida

Documentos Relacionados