Acesso venoso trans-hepático percutâneo para hemodiálise: uma alternativa para pacientes portadores de insuficiência renal crônica
AUTOR(ES)
Motta-Leal-Filho, Joaquim Maurício da, Carnevale, Francisco Cesar, Nasser, Felipe, Sousa Junior, Wilson de Oliveira, Zurstrassen, Charles Edouard, Moreira, Airton Mota, Affonso, Breno Boueri, Cerri, Giovanni Guido
FONTE
Jornal Vascular Brasileiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-09
RESUMO
CONTEXTO: Acesso venoso trans-hepático percutâneo para hemodiálise é uma opção para pacientes que já exauriram acessos venosos tradicionais. OBJETIVO: Apresentar uma série de casos que demonstram a factibilidade e a funcionalidade da implantação dos cateteres semi-implantáveis por meio de acesso venoso trans-hepático percutâneo em pacientes sem possibilidades de outros acessos. MÉTODOS: Análise observacional retrospectiva dos prontuários de seis pacientes que foram submetidos à implantação de nove cateteres trans-hepáticos percutâneos para hemodiálise. Os cateteres foram implantados na ausência de acessos venosos periféricos disponíveis. No seguimento dos pacientes, procurou-se avaliar: sucesso técnico do procedimento, taxa de complicação, taxa de infecção e patência do acesso. RESULTADOS: Quatro homens e duas mulheres com idades entre 31 e 85 anos (média: 55 anos). Sucesso técnico obtido em 100%. A média de duração dos cateteres foi de 300,5 dias (2 a 814 dias). Médias de patência primária e secundária foram de 179,60 e 328,33 dias, respectivamente. Taxa de trombose dos cateteres foi de 0,05 por 100 cateteres-dias, assim como a taxa de infecção. Houve três complicações precoces (30 primeiros dias de implantação dos cateteres): dois deslocamentos dos cateteres e uma infecção. Duas complicações tardias foram observadas: uma trombose e uma migração. Três pacientes (50%) tiveram que trocar seus cateteres. Taxa de mortalidade em 30 dias foi de 33%, porém não relacionada ao procedimento. CONCLUSÃO: Implantação do cateter para hemodiálise por meio do acesso venoso trans-hepático percutâneo parece ser uma técnica segura, porém a utilização desse acesso deve ser aplicada somente em casos de esgotamento de outros acessos vasculares profundos.
ASSUNTO(S)
cateteres de demora cateterismo venoso central diálise radiologia intervencionista circulação hepática
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