Acesso aos medicamentos pelos usuários da atenção primária no Sistema Único de Saúde
AUTOR(ES)
Álvares, Juliana, Guerra Junior, Augusto Afonso, Araújo, Vânia Eloisa de, Almeida, Alessandra Maciel, Dias, Carolina Zampirolli, Ascef, Bruna de Oliveira, Costa, Ediná Alves, Guibu, Ione Aquemi, Soeiro, Orlando Mario, Leite, Silvana Nair, Karnikowski, Margô Gomes de Oliveira, Costa, Karen Sarmento, Acurcio, Francisco de Assis
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/11/2017
RESUMO
RESUMO OBJETIVO Avaliar o acesso aos medicamentos na Atenção Primária em Saúde do Sistema Único de Saúde na perspectiva do usuário. MÉTODOS Estudo transversal que utilizou dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional no Brasil – Serviços, 2015, realizado por meio de entrevistas com 8.591 usuários em municípios das cinco regiões do Brasil. A avaliação do acesso aos medicamentos utilizou conceitos propostos por Penshansky e Thomas (1981), segundo as dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, adequação, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Cada uma das dimensões foi avaliada por meio de indicadores próprios. RESULTADOS Para dimensão disponibilidade, 59,8% dos usuários declararam ter acesso total aos medicamentos, sem diferença significante entre regiões. Para acessibilidade geográfica, 60% dos usuários declararam que a unidade básica de saúde não ficava longe de sua residência, 83% afirmaram ser muito fácil/fácil chegar até a unidade e a maioria dos usuários relatou caminhar (64,5%). Para adequação, a unidade foi avaliada como muito bom/bom para os itens conforto (74,2%) e limpeza (90,9%), e 70,8% dos usuários relataram não ter de esperar para retirar seus medicamentos, embora o tempo médio de espera tenha sido 32,9 minutos. Para aceitabilidade: 93,1% dos usuários relataram ser atendidos com respeito e cortesia pelos funcionários das unidades dispensadoras e 90,5% declararam ser muito bom/bom o atendimento das unidades. Para capacidade aquisitiva 13% dos usuários relataram ter deixado de comprar algo importante para cobrir gastos com problemas de saúde, 41,8% dos participantes apontaram a despesa com medicamentos. CONCLUSÕES Os resultados mostram 70%–90% de conformidade, compatível com países desenvolvidos. No entanto, o acesso aos medicamentos continua sendo um desafio pois ainda é fortemente comprometido pela baixa disponibilidade de medicamentos essenciais em unidades públicas de saúde, demonstrando que não ocorre de forma universal, equânime e resolutiva à população.
ASSUNTO(S)
assistência farmacêutica acesso aos serviços de saúde atenção primária à saúde pesquisa sobre serviços de saúde sistema Único de saúde
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