Acessibilidade às ações básicas entre crianças atendidas em serviços de pronto-socorro

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

OBJETIVO: Conhecer a acessibilidade às ações básicas entre crianças atendidas em serviços de pronto-socorro, reconstruindo trajetória de contatos com unidades de saúde no evento atual e caracterizando vínculos com atenção básica e adequação da morbidade ao perfil organizacional dos serviços. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, realizado em novembro de 2002 e de fevereiro a maio de 2003, nos cinco serviços públicos de urgência/emergência pediátrica, em amostra de 383 crianças menores de 5 anos, residentes no Recife, calculada com 20% de adequação da morbidade, erro de 5% e perda de 10%. Utilizou-se instrumento padronizado aplicado por oito entrevistadores, devidamente treinados. RESULTADOS: Na trajetória até contato atual, 38,5% das crianças procuraram os seguintes serviços: pronto-socorro (48,3%), Saúde da Família (19,7%) e centro de saúde (17%), com 18,4% tendo dificuldades na atenção primária; 39,4% utilizaram apenas pronto-socorro e 54,4% recorreram em algum momento a esse tipo de serviço. Cerca de 88% são cadastradas numa unidade: 34,5% na Saúde da Família (56,8% não utilizaram serviços e 25,6% utilizaram) e 42% no centro de saúde (59,1% não usaram serviços e 18,2% recorreram ao próprio). Apenas 18,9% preferem unidade básica quando a criança adoece. Assim, no contato atual, a maior parte foi trazida ao serviço preferido (gosta/confia nos profissionais, acessibilidade geográfica, qualidade do atendimento). A demanda de 36,5% foi considerada adequada. CONCLUSÕES: Apesar das dificuldades da rede básica para garantir acesso e resolubilidade, parte substancial dessa demanda espontânea decorre da enorme legitimidade dos serviços de urgência perante a população.

ASSUNTO(S)

acessibilidade atenção primária sistema de referência e contra-referência avaliação em saúde

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