Ação sindical e luta por terra no Rio de Janeiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo deste trabalho é estudar as continuidades e rupturas da ação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (FETAG) nos conflitos de terra no estado. O recorte temporal é demarcado pelos primeiros passos do sindicalismo rural no Brasil, no período compreendido entre 1945 e 1964, ano do golpe militar. Identificamos as principais forças em cena, suas formas de organização e luta, atentando para as mudanças ao longo do tempo e também para quem detinha o controle das organizações. Reconstituímos a cultura política que a FETAG, quando surge, deixa para a FETAG após o golpe militar, em 1964. O segundo momento vai de 1964 até o início dos anos 70. Caracterizamos como a FETAG historia as condições dos conflitos de terra, sua percepção e definição do que pode ser qualificado como legítimo de reivindicar em cada momento histórico, as justificativas que se consideram apropriadas de serem usadas para encaminhar esses conflitos e o processo de constituição das reivindicações. Apresentamos suas principais demandas, como condição para entender quem eram os trabalhadores, para quem e de quem a FETAG falava e como se procurava traduzir este encontro. No terceiro momento, arrolamos sobre o enraizamento de práticas de luta da FETAG, suas modificações e sua intensidade nos anos 1960 e 1970. Identificamos a entrada em cena de novas forças e as transformações das estratégias de luta de meados dos anos 70 até o início dos anos 80, atentando ainda para o diálogo com o Estado e as outras forças que se apresentavam como opositoras ou aliadas. Foram utilizados procedimentos qualitativos de pesquisa, articulando-se a análise de narrativas ao estudo de referências teóricos e documentais.

ASSUNTO(S)

land conflicts sociologia rural syndicate sindicalismo rural conflito por terra rio de janeiro.

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