Ação in vitro de drogas antiparasitárias, especialmente artesunato, contra Toxoplasma gondii

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-08

RESUMO

INTRODUÇÃO: Toxoplasmose é geralmente uma infecção benigna, exceto nos eventos de doença ocular, congênito e do sistema nervoso central, e particularmente quando o paciente é imunocomprometido. O tratamento consiste de drogas que frequentemente causam efeitos adversos, então novas drogas, mais efetivas são necessárias. Neste estudo, a possível atividade de artesunato, uma droga usada com sucesso no tratamento da malária, sobre o crescimento de Toxoplasma gondii em cultura celular é avaliado e comparado à ação de drogas que já estão sendo utilizadas contra este parasita. MÉTODOS: Células LLC-MK2 foram cultivadas em meio RPMI, mantidas em garrafas plásticas descartáveis e incubados a 36ºC com 5% CO2. Taquizoítos da cepa RH foram usados. As seguintes drogas foram testadas: artesunato, cotrimoxazol, pentamidina, pirimetamina, quinino e trimetoprima. Os efeitos dessas drogas sobre taquizoítos foram analisados por análise regressiva não linear com o software Prism 3.0. RESULTADOS: Artesunato mostrou uma concentração inibitória media (IC50) de 0,075µM e uma toxicidade sobre células LLC MK2 de 2,003µM. Pirimetamina foi efetiva a uma IC50 de 0,482µM e uma toxicidade de 11,178µM. Trimetoprima sozinha foi efetiva contra o parasita in vitro. Cotrimoxazol também foi efetivo contra o parasita, mas a concentrações mais altas que aquelas observadas para artesunato e pirimetamina. Pentamidina e quinino não tiveram efeitos inibitórios sobre os taquizoítos. CONCLUSÕES: Provou-se que artesunato in vitro pode ser uma alternativa útil para o tratamento da toxoplasmose, implicando um subsequente efeito in vivo e sugerindo o mecanismo desta droga contra o parasita.

ASSUNTO(S)

artesunato tratamento atividade anti-toxoplasma toxicidade

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