Ação da levodopa e sua influência na voz e na fala de indivíduos com doença de Parkinson

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A doença de Parkinson, doença degenerativa progressiva decorrente da morte de células da substância negra compacta e outros núcleos pigmentados do tronco encefálico, é caracterizada por um esgotamento seletivo do neurotransmissor dopamina. Desta forma, acomete principalmente o sistema motor e acaba por se refletir em alterações comunicativas. A levodopa, que é convertida em dopamina, é o recurso farmacológico mais eficaz para o seu tratamento. A literatura mostra, através de alguns estudos, que a levodopa é capaz de proporcionar melhora em alguns parâmetros vocais, tais como aumento da frequência fundamental, da variação melódica, da intensidade vocal, da velocidade de fala, do tempo máximo de fonação e dos valores de pressão respiratória; melhora na inteligibilidade da fala, no tipo de voz; redução do grau do tremor vocal ou mesmo sua eliminação em alguns casos. No entanto, estudos mais recentes têm relatado que o efeito desta droga nos aspectos prosódicos da fala de parkinsonianos é bastante modesto, já que poucas variáveis prosódicas são modificadas após seu uso. Tem sido observado que a levodopa promove melhora nos parâmetros de duração e o tratamento fonoaudiológico e a associação dos tratamentos (fonoaudiológico e medicamentoso) promove a melhora de todos os parâmetros prosódicos: frequência, duração e intensidade, o que evidencia a importância da associação desses tratamentos, visando ao melhor desempenho comunicativo e benefícios motores globais que a levodopa proporciona.

ASSUNTO(S)

doença de parkinson levodopa transtornos da articulação distúrbios da voz fonoterapia

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