Acalasia e doença tireoidiana: uma conexão autoimune possível?
AUTOR(ES)
Quidute, Ana Rosa P., Freitas, Eduardo Vasconcelos de, Lima, Tadeu Gonçalves de, Feitosa, Ana Márcia Lima, Santos, Joyce Paiva dos, Correia, José Walter
FONTE
Arq Bras Endocrinol Metab
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
Muitos casos têm sido publicados mostrando uma coexistência entre as doenças autoimunes da tireoide (DAIT) e outras doenças autoimunes. Cerca de um quarto dos pacientes com acalasia têm doenças da tireoide concomitantemente, sendo a mais comum a associação com hipotireoidismo. Apesar de ser relativamente rara, a associação da acalasia e hipertireoidismo requer atenção. A fisiopatologia da doença de Graves (DG) envolve os linfócitos B e T-mediados, os quais têm afinidade pelos antígenos da tireoide: tireoglobulina, tireoperoxidase e receptor de tireotrofina. Atualmente, a real fisiopatogenia da acalasia continua desconhecida. No entanto, alguns importantes achados em análise são sugestivos de mecanismo autoimune: infiltração significativa do plexo mioentérico pelos monócitos, presença do antígeno-DQwl do Complexo Humano de Histocompatibilidade classe II e presença de anticorpos contra neurônios mioentéricos. Este presente caso aborda um paciente que, apesar de testes negativos para doença de Chagas, tem acalasia que progrediu para o desenvolvimento de significativa perda ponderal e piora da sua qualidade de vida, posteriormente, diagnosticado com hipertireoidismo. Após dilatação endoscópica esofágica e ablação da glândula tireoide com radioiodo, houve grande melhora na condição clínica do paciente. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(9):677-82
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