Absorção, teatralidade e a tradição da pintura francesa na obra de Henri Matisse.

AUTOR(ES)
FONTE

ARS (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/09/2019

RESUMO

RESUMO O artigo examina as noções de “absorção” e “teatralidade” propostas por Michael Fried e retomadas por Yve-Alain Bois nos textos em que escreveu sobre a obra de Henri Matisse. Uma das questões centrais abordadas é o modo como a obra de Matisse resiste ao regime volátil de percepção precipitado pela modernidade industrial e como insta a um tipo de atenção a um só tempo contemplativa e difusa. Discute, além disso, como essa modalidade de percepção, que dispersa e difunde a atenção, e que é própria à pintura de Matisse, parece sintetizar duas vertentes opostas da tradição pictórica francesa: a dinâmica do olhar cambiante do Rococó e o estado de absorção que marca as pinturas de Greuze e Chardin.ABSTRACT The article examines the notions of “absorption” and “theatricality” proposed by Michael Fried and retook by Yve-Alain Bois in his texts on Henri Matisse’s work. One of the main questions addressed by the author is the way the artist’s work resists the volatile regime of perception precipitated by industrial modernity and how it urges a modality of attention at one time diffuse and contemplative. In addition, it discusses how this modality of attention, unique to Matisse’s painting, seems to synthesize two opposite aspects of French pictorial tradition: the Rococo dynamic of a flickering gaze and the absorptive state which marks paintings by artists such as Greuze and Chardin.

Documentos Relacionados