Absorção e metabolismo de ácidos graxos voláteis pelo rúmen e omaso

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência e Agrotecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-02

RESUMO

A capacidade de absorção e metabolismo de ácidos graxos voláteis (AGV) pelo rúmen e omaso foi comparada, in vitro. Fragmentos da parede do rúmen e das lâminas do omaso foram coletados de oito bovinos mestiços adultos. Um fragmento isolado da mucosa foi colocado em uma câmara de difusão tecidual. Ácido valérico e CrEDTA foram adicionados ao fluido ruminal e colocados no compartimento da câmara voltados para a mucosa e uma solução tampão foi colocada no compartimento voltado para a serosa. As taxas fracionais de absorção foram medidas pela queda exponencial da relação VFA:Cr ao longo do tempo. A taxa de metabolismo foi determinada pela diferença entre a quantidade de AGV absorvida e a detectada no compartimento serosal da câmara. O índice mitótico foi mais alto no epitélio do omaso (0.52%) do que no do rúmen (0.28%), bem como a taxa fracional de absorção, 4.6%/h.cm² e 0.4%/h.cm², respectivamente. Acetato, propionato, butirato e valerato tiveram taxas fracionais de absorções similares em ambos os compartimentos. As porcentagens do acetato e do propionato metabolizados foram mais baixas do que a do butirato e valerato em ambos os compartimentos. No rúmen, a taxa metabólica individual dos AGV foi similar (média de 7.7 mas, no omaso, o valerato (90.0 foi mais metabolizado do que o butirato (59.6 propionato (69.8 e acetato (51.7 . A correlação entre o metabolismo de AGV e o índice mitótico foi positiva no rúmen e no omaso. Concluiu-se que o potencial de metabolismo e de absorção de AGV por unidade de área do omaso é mais alto do que o do rúmen. A variação da capacidade de absorção do rúmen e do omaso ocorre na mesma direção e existem indícios de que os fatores capazes de estimular a proliferação da parede do rúmen são também capazes de estimular a parede do omaso.

ASSUNTO(S)

morfologia fisiologia bovino câmara de ussing proventrículo

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