Absorção de mão-de-obra no setor de serviços brasileiro dos anos 90

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A capacidade de absorção de mão-de-obra no capitalismo é tema recorrentemente tratado pela Teoria Econômica. Por outro lado, é possível observar um significativo déficit teórico quanto ao estudo do setor de serviços (ou "terciário"), justamente aquele que tem demonstrado ser preponderante nas diferentes economias do mundo, seja no tocante à participação na produção, seja no que diz respeito à geração de ocupações. Este mesmo déficit teórico relativo, não "absoluto" muitas vezes se traduziu no uso de teorias de caráter excessivamente abstrato, genérico e sem historicidade para explicar o papel dos serviços. As diferenças estruturais entre os espaços econômicos e os elementos de maior concretude histórica são, porém, centrais para analisar o caráter efetivo da absorção de mão-de-obra nas atividades de serviços e seu real sentido de determinação. A mudança de modelo econômico vivida pelo Brasil na década de 1990 aponta no sentido de conferir ao terciário um papel central no ajuste que se pautou pela abertura e desregulamentação da economia nacional. A análise dos dados sugere, porém, nada haver de virtuoso no comportamento do setor terciário como gerador de ocupações no período qualitativa ou quantitativamente.

ASSUNTO(S)

serviços (economia) mão-de-obra

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