Absenteísmo-doença, modelo demanda-controle e suporte social: um estudo caso-controle aninhado em uma coorte de trabalhadores de hospitais, Santa Catarina, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

O objetivo do estudo foi identificar a contribuição do Modelo Demanda-Controle (MDC) e do suporte social para duração do absenteísmo-doença segundo Licenças para Tratamento de Saúde (LTS) nos trabalhadores de hospitais (servidores públicos) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), Brasil. Entre as secretarias deste estado, a SES/SC tem a segunda maior frequência de LTS, com destaque nos hospitais. Este é um estudo caso-controle aninhado em uma coorte de trabalhadores de hospitais da SES/SC, com acompanhamento entre 01/07/2008 e 30/06/2009. Os casos foram aqueles que apresentaram LTS nesse período, os critérios de pareamento foram sexo, faixa etária e setor de trabalho. O desfecho foi o total de dias de LTS, as variáveis de exposição foram MDC e o suporte social do supervisor e do colega. Utilizou-se dados primários e secundários, nas análises a regressão Zero-inflado Binomial Negativa, e as variáveis socioeconômicas e ocupacionais nos ajustes. O banco de dados para as análises teve 425 (144 casos; 281 controles) participantes. O baixo suporte do colega aumentou a expectativa de dias de LTS em 2,04 (IC95%: 1,05-3,93), unido ao trabalho de baixa exigência aumentou 2,68 (IC95%: 1,37-5,27) e ao de alta exigência (iso-strain) 78% (IC95%: 1,02-3,12) mais do que o MDC com alto suporte do colega. Este estudo mostrou a importância do suporte do colega sobre a duração absenteísmo-doença, e auxiliou conjeturar que a variável tempo nos trabalhadores de hospital leva a adaptação às exigências das tarefas e a monotonia. Intervenções no relacionamento entre os trabalhadores provavelmente diminuirão a duração de LTS.

ASSUNTO(S)

colega de trabalho servidor público interação confundidores trabalho de baixa exigência modelo de contagem

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