Aborto provocado: redução da frequência e gravidade das complicações. Consequência do uso de misoprostol?
AUTOR(ES)
Silva, Daniela Fornel de Oliveira, Bedone, Aloísio José, Faúndes, Aníbal, Fernandes, Arlete Maria dos Santos, Moura, Verônica Gomes Alencar de Lima e
FONTE
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
OBJETIVOS: verificar a frequência e a gravidade das complicações por abortos provocados e suas possíveis associações com o uso de misoprostol. MÉTODOS: estudo de corte transversal. Durante dez meses aplicou-se uma lista de verificação (critérios da World Health Organization) a todas as 543 mulheres internadas por aborto em dois hospitais na cidade de Campinas, São Paulo. Àquelas classificadas como aborto possível, provável ou certamente provocado foi aplicado também um questionário. RESULTADOS: dentre todas as mulheres internadas, 259 (48%) foram classificadas como aborto possível, provável ou certamente induzido e responderam ao questionário; 25 mulheres declararam a indução do aborto e, destas, nove referiram uso de misoprostol. Complicações infecciosas e hemorrágicas ocorreram respectivamente em 10% e 13% das 259 mulheres. As que usaram misoprostol se complicaram menos que as que usaram outros métodos, porém essa diferença não foi estatisticamente significativa, talvez pela baixa freqüência de complicações. CONCLUSÕES: os dados mostram redução da freqüência e da gravidade das complicações do aborto, mas não permitem avaliar o papel do misoprostol.
ASSUNTO(S)
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