Aborto e estigma: uma análise da produção científica sobre a temática
AUTOR(ES)
Adesse, Leila, Jannotti, Claudia Bonan, Silva, Katia Silveira da, Fonseca, Vania Matos
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
Resumo O artigo objetiva analisar a produção científica sobre aborto e estigma social e o potencial da categoria estigma para estudos sobre a assistência ao abortamento no Brasil. Utilizou-se o método de revisão integrativa de publicações das bases científicas, optando por não estabelecer limite temporal. Analisou-se 65 publicações com as representações sociais de mulheres que abortam e de profissionais que as atendem; exploram os obstáculos para a implementação das leis do aborto e dos protocolos e normas que facilitariam o acesso a serviços de qualidade. À relevância conceitual de Erving Goffman somou-se a compreensão sobre a transgressão dos estereótipos de gênero, o imperativo da maternidade, a pureza sexual, que marca as mulheres que abortam como seres inferiores, deteriorados: promíscuas, pecadoras, assassinas. Identificaram-se grupos mais afetados pela estigmatização: mulheres em abortamento, profissionais de saúde. O conflito feminino pela dualidade ocultar/revelar seus abortamentos, a objeção de consciência de profissionais e os obstáculos na implementação de políticas públicas emergiram dos trabalhos. A reflexão sobre o papel do estigma pode interferir no ciclo do aborto clandestino e contribuir para o (re) desenho de intervenções que apoiem a redução de danos à saúde sexual e reprodutiva das mulheres.
ASSUNTO(S)
aborto estigma social assistência à saúde
Documentos Relacionados
- Violência e estigma: bullying na escola
- O uso do SUS como estigma: a visão de uma classe média
- Produção científica em ciência da informação: análise temática em artigos de revistas brasileiras
- Produção científica sobre quedas e óbitos em idosos: Uma análise bibliométrica
- A produção científica sobre saneamento: uma análise na perspectiva da promoção da saúde e da prevenção de doenças