Abordagem transesfenoidal para o tratamento dos macroadenomas hipofise
AUTOR(ES)
Jose Nazareno Pearce de Oliveira Brito
DATA DE PUBLICAÇÃO
1994
RESUMO
O presente estudo trata de uma revisão da técnica cirúrgica extracraniana - vía transesfenoídal - desde sua introdução no início deste século até as modificações do seu manuseio no transcorrer dos anos. Abordando, principalmente, a evolução explosiva das últimas três décadas com a introdução de meios mais sofisticados de auxílio como a fIuoroscopía e a magnífícação intra-operatórias. Desta forma, vindo facilitar um desenvolvimento mais aprimorado de variações operatórias, dentro da técnica, possibilitando um tratamento cirúrgico fácil por esta via, inclusive dos macroadenomas da hipófise. O propósito deste estudo é apresentar cinco casos de macroadenomas hipofisários, secretantes e não-secretantes, não-invasivos e invasivos, tratados cirurgicamente pela via transesfenoidal entre maio de 1988 e abril de 1989, no Hospital das Clínicas da UNICAMP, no proposto, são analisadas as vantagens e desvantagens da técnica cirúrgica, sinais e sintomas clínicos (endocrinológicos, neurológicos, oftalmológicos), assim como achados neurorradiológicos pré e pós-operatórios de estágio tumoral. Comparando os resultados da literatura aos apresentados pela nossa pequena casuística, comprova-se que a via transesfenoidal uma forma de tratamento que apresenta muita segurança, facilidade, além de aproximar-se muito dos critérios de "cura". Óbitos não são registrados na casuística. O seguimento destes pacientes é feito rotineiramente por ocasião dos retornos periódicos a cada seis meses nos Ambulatórios de Neuroendocrinologia e Endocrinologia, das respectivas disciplinas de Neurocirurgia e Endocrínologia dos Departamentos de Neurologia e Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Até o presente não foram demonstrados, contudo, casos desta casuística com indicação para reoperação. Salientarnos, outrossim, um caso que apresenta pequeno resíduo tumoral intracavernoso, mesmo após radioterapia, mostra controle tomográfico de difícil definição (livre de recidiva) quatro anos após a cirurgia, preenchendo critérios clínicos de "cura". Em análise final dos cinco pacientes, pode-se comprovar remissão total clínica em quatro deles, e um caso de insucesso, por apresentar consistência tumoral inadequada para realização de uma abordagem transesfenoidal.
ASSUNTO(S)
glandula pituitaria - tumores hipofisectomia
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000078886Documentos Relacionados
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