Abordagem fisioterapêutica e desempenho funcional no pós-operatório de câncer de mama

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. mov.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-09

RESUMO

Resumo Introdução: A cirurgia para câncer de mama pode prejudicar a amplitude de movimento (ADM) e causar impacto negativo na funcionalidade do membro superior (MS). Objetivo: Comparar a ADM e desempenho funcional do MS homolateral à cirurgia após a abordagem fisioterapêutica, além de correlacionar estas variáveis. Métodos: Foi conduzido um ensaio clínico não randomizado, envolvendo 33 mulheres submetidas à mastectomia ou quadrantectomia associada à linfonodectomia axilar. A ADM foi avaliada pela goniometria do MS homolateral à cirurgia e do membro contralateral (controle). O desempenho funcional foi avaliado pelo questionário “Deficiência do ombro, braço e mão” (DASH). Foram realizadas 10 sessões (3 sessões semanais com duração de 60 minutos), envolvendo mobilização passiva da articulação glenoumeral e escapulotorácica; mobilização cicatricial; alongamento da musculatura cervical e MMSS; exercícios ativos-livres em todos os planos de movimento, aplicados isoladamente ou combinados. Para os exercícios resistidos, utilizaram-se faixas elásticas e halteres de 0,5 a 1,0 kg. Resultados: Encontrou-se aumento significativo da ADM de todos os movimentos após a fisioterapia, mas a flexão, abdução e rotação lateral ainda estavam inferiores em relação ao membro controle. O escore total do DASH diminuiu significativamente de 28,06±16,1 para 15,71±10,7 (p=0,001) indicando melhora do desempenho funcional do MS. Nenhuma correlação foi observada entre a ADM e o DASH. Conclusão: A realização de 10 sessões de fisioterapia melhorou a ADM e o desempenho funcional do MS homolateral à cirurgia, mas acompanhamentos em um prazo mais longo podem contribuir para ganhos adicionais.

ASSUNTO(S)

neoplasias da mama amplitude de movimento articular fisioterapia mastectomia terapia por exercício

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