Abordagem cirúrgica do carcinoma medular de tiróide

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-07

RESUMO

O carcinoma medular de tiróide (CMT) abrange 3-5% do câncer de tiróide em geral e surge da célula parafolicular ou célula C produtora de calcitonina. Pode ser esporádico (75% dos casos), ou pode ocorrer como uma das manifestações das síndromes hereditárias Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2 (NEM2A ou NEM2B) (25% dos casos), ou mais raramente como uma síndrome familiar isolada (CMTF). A ressecção cirúrgica completa, que na maioria dos casos consiste de tireoidectomia total com dissecção dos linfonodos nos estágios precoces da doença, é a única forma de cura potencial de CMT. A forma de doença familiar da patologia NEM2A ocupa um lugar único na história da cirurgia, tendo sido a primeira doença onde a remoção cirúrgica de um órgão afetado foi realizada antes do desenvolvimento da malignidade, baseado somente no teste genético. A tireoidectomia total antes do desenvolvimento do câncer invasivo evita de outra forma a malignidade letal. A época da cirurgia profilática está baseada nos modelos que utilizam a correlação genótipo-fenótipo, que atualmente está estratificada em três grupos de risco baseado no códon envolvido. O CMT deve ser acompanhado após a cirurgia com dosagem de calcitonina sérica, cujo nível, quando detectável, indicaria a persistência ou recorrência da doença. O desafio, no entanto, se os níveis de calcitonina estão elevados, é encontrar a fonte desta produção. A primeira técnica de localização recomendada seria o ultrassom do pescoço, já que ocorre uma alta freqüência de recorrência local e de metástase dos nódulos cervicais, seguida de tomografia computadorizada do corpo inteiro e de cintilografia óssea.

ASSUNTO(S)

câncer medular de tiróide cirurgia gene ret neoplasia endócrina múltipla tipo 2

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