Abelhas do gênero Megalopta (Hymenoptera, Halictidae) atraídas por iscas químicas usadas para euglossíneos na região de Bauru, SP: abundância, sazonalidade e importância de odores para abelhas crepusculares

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. entomol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

Abelhas noturnas do gênero Megalopta (Smith, 1853) são geralmente coletadas usando fontes artificiais de luz. Porém entre os anos de 1993 e 2000, um total de 946 fêmeas de Megalopta foram capturadas (machos não foram capturados) usando iscas aromáticas frequentemente usadas para atração de machos de Euglossini, em cinco localidades na região de Bauru, São Paulo, Brasil. Os compostos aromáticos utilizados foram: acetato de benzila, eucaliptol, eugenol, escatol, salicilato de metila e vanilina. As espécies encontradas foram M. guimaraesi (71.2% do total de indivíduos), M. amoena (28.1%) and M. aegis (0.6%). De modo geral, os resultados mostraram correlação positiva e significativa entre a abundância de indivíduos e os fatores meteorológicos considerados - precipitação pluviométrica e temperatura. As abelhas foram geralmente capturadas em maior número na primavera e verão e raramente no outono e inverno, período mais seco e frio. Variações na abundância também foram detectadas entre as localidades e entre os anos estudados. As substâncias mais atrativas foram: eugenol (54%), salicilato de metila (22%) e eucaliptol (16%). A capacidade de detectar cheiros pode ter um importante papel na busca por flores em condições crepusculares. Sugerimos o uso destes compostos aromáticos em pesquisas futuras sobre a biologia de Megalopta na região Neotropical.

ASSUNTO(S)

abundância iscas químicas olfato sazonalidade

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