âA EJA em minha vidaâ trajetÃrias sociais de egressos (as) da educaÃÃo de jovens e adultos no municÃpio de PalhoÃa (SC) 2004 â 2007 / "The EJA in my life" paths of social graduates the education of young and adults in the city of PalhoÃa (SC)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/06/2012

RESUMO

Na presente pesquisa propÃe-se compreender como as trajetÃrias sociais de sujeitos/as egressos/as do Ensino MÃdio foram influenciadas pela participaÃÃo na modalidade de ensino de EducaÃÃo de Jovens e Adultos (EJA). Questionam-se a presenÃa dos mediadores sociais em suas trajetÃrias e o lugar ocupado pela escola em suas vidas. Para ilustrar a proposiÃÃo, discutem-se cinco perfis sociolÃgicos, tendo por base entrevistas semiestruturadas, concedidas por alunos/as egressos/as da modalidade (EJA) no municÃpio de PalhoÃa (SC). A modalidade, inserida no contexto da EducaÃÃo BÃsica, destina-se a pessoas que nÃo tenham conseguido estudar em idade considerada prÃpria. O reconhecimento dessa forma de ensino foi gradual, vindo de fato a consolidar o direito de jovens e adultos com a ConstituiÃÃo Federal de 1988 e com a Lei de Diretrizes e Bases da EducaÃÃo em 1996. Os perfis utilizados no estudo foram traÃados de acordo com a metodologia de Bernard Lahire. Por meio deles, buscou-se compreender como a EJA pode refletir as trajetÃrias sociais de seus egressos/as e dar-lhes sentido. Como contraponto teÃrico, utilizaram-se os pressupostos de Pierre Bourdieu e sua leitura acerca da escola enquanto espaÃo capaz de contribuir na reproduÃÃo das desigualdades sociais. A anÃlise microssocial proposta por Lahire permitiu identificar a contribuiÃÃo da modalidade nas trajetÃrias sociais dos egressos/as, apesar de, para eles, o estudo nÃo haver constituÃdo um projeto de escolarizaÃÃo. As entrevistas e as narraÃÃes de experiÃncia de socializaÃÃo sÃo mediadores sociais reveladores de elementos essenciais de suas vidas. As trajetÃrias analisadas sob o enfoque social, ainda que sutilmente, permitiram identificar combinaÃÃes de variÃveis que podem concorrer para o Ãxito ou o fracasso escolar entre as classes populares, de modo a se produzir e configurar uma nova realidade social. Foi possÃvel tambÃm relativizar a importÃncia da variÃvel capital econÃmico: apesar de seu poder limitador na escolarizaÃÃo das classes populares, nÃo foi necessariamente determinante para a escolaridade. Ressalta-se que a utilizaÃÃo de mediadores sociais nÃo confirma o mÃrito escolar como exclusiva responsabilidade do sujeito; ao contrÃrio, mais que uma causa, permite localizar uma combinaÃÃo de causas que podem concorrer para o abandono por completo da escola e do processo de escolarizaÃÃo. Confirmam que marginalizaÃÃo escolar està associada a desigualdades sociais, sem que as instituiÃÃes escolares as devam responsabilizar pelo desempenho dos sujeitos. AlÃm destes, outros mediadores sociais sÃo igualmente importantes e podem fazer a diferenÃa nas trajetÃrias de escolarizaÃÃo: se, por um lado, as narrativas de vida apresentadas evidenciam fragilidades de toda ordem, por outro, mostram que os sujeitos da EJA se mobilizam, constroem, descontroem, rearranjam combinaÃÃes, formas de resistir e produzir saber, questionando a mÃxima do âimprovÃvelâ entre as camadas populares

ASSUNTO(S)

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