A vida sentimental das mercadorias: a estética da “fofura” e seus jogos de poder na arte de Jeff Koons
AUTOR(ES)
Neves, Pedro Pinheiro
FONTE
Galáxia (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-08
RESUMO
Resumo Este artigo analisa algumas obras do artista Jeff Koons fazendo uso da categoria estética vernacular cute (fofo, adorável em inglês). Em suas esculturas representando bichinhos e brinquedos, Koons dá expressão formal para as contradições e ambiguidades do cute, de forma a explicitar os sentimentos ambivalentes e anseios que lastreiam a relação dos sujeitos consumidores-espectadores do capitalismo tardio com as mercadorias que os circundam. Pensar a mercadoria e o consumo – cultural, inclusive – a partir da estética da fofura nos ajuda, argumentamos, a melhor entender o próprio lugar da arte em um circuito globalizado e crescentemente dominado pela lógica mercadológica neoliberal. A obra de Koons, um dos artistas contemporâneos mais populares e financeiramente bem-sucedidos, é local privilegiado para observar as oscilações de poder no campo das artes visuais.
ASSUNTO(S)
artes visuais estética mercadoria jeff koons
Documentos Relacionados
- Diagnóstico das vagas de carga e descarga para a distribuição urbana de mercadorias: um estudo de caso em Belo Horizonte
- A sacralidade da arte na estética de Luigi Pareyson
- As armadilhas da gratidão: o poder e o código sentimental em Helena
- Grandeza e falsidade da arte : a questão estética na obra de Emmanuel Levinas
- A estética do corpo na filosofia e na arte da Idade Média: texto e imagem