A taxonomic revision of the Neotropical electric fish genus Brachyhypopomus (Ostariophysi: Gymnotiformes: Hypopomidae), with descriptions of 15 new species

AUTOR(ES)
FONTE

Neotrop. ichthyol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/12/2016

RESUMO

RESUMO Peixes elétricos do gênero Brachyhypopomus Mago-Leccia, 1994, são diagnosticados dos outros Rhamphichthyoidea (Rhamphichthyidae + Hypopomidae) pela presença de uma ossificação discóide na porção anterior do palatoquadrado, e pelos seguintes caracteres externos: focinho curto, 18,7-32,6% do comprimento da cabeça (vs. 33,3-68,6% em Hypopomus, Gymnorhamphichthys, Iracema e Rhamphichthys), ausência de um órgão elétrico acessório pareado na região mental ou humeral (vs. presença em Hypopygus e Steatogenys), presença de 3-4 proximais peitorais radiais (vs. 5 em Akawaio), presença do antiorbital + infraorbital, e dos canais ossificados da linha lateral da região cefálica do pré-opérculo (vs. ausência em Racenisia). Brachyhypopomus não pode ser diagnosticado de maneira não-ambígua de Microsternarchus ou Procerusternarchus, com base em caracteres de morfologia externa. Brachyhypopomus compreende 28 espécies válidas. Aqui nós descrevemos 15 espécies novas, e fornecemos a redescrição de 13 espécies previamente descritas, baseado em caracteres merísticos, morfométricos e outros caracteres morfológicos. Nós incluímos notas sobre à ecologia e história natural para cada uma das espécies, e fornecemos chaves dicotômicas regionais e mapas de distribuição baseado no exame de 12.279 espécimes de 2.787 lotes de museus. Um lectótipo é designado para Brachyhypopomus pinnicaudatus (Hopkins, Comfort, Bastian & Bass, 1990). Espécies de Brachyhypopomus são abundantes em habitats de águas rasas lênticas e com correntes fracas, ocorrendo do sul da Costa Rica e norte da Venezuela ao Uruguai e norte da Argentina. A diversidade de espécies é maior na Grande Amazônia, onde 20 espécies ocorrem: B. alberti, espécie nova, B. arrayae, espécie nova e B. cunia, espécie nova, na drenagem do alto rio Madeira; B. batesi, espécie nova, na Amazônia central e rio Negro; B. beebei, B. brevirostris, B. regani, espécie nova, B. sullivani, espécie nova e B. walteri, amplamente distribuídas nas bacias Amazônicas e do Orinoco, e nas Guianas; B. belindae, espécie nova, bacia Amazônica central; B. benjamini, espécie nova e B. verdii, espécie nova, na bacia do alto Amazonas; B. bennetti, no alto, médio e porções baixas da bacia Amazônica, baixo Tocantins e alto rio Madeira; B. bullocki nas drenagens do Orinoco, Negro e Essequibo; B. diazi nos Llanos do Orinoco; B. flavipomus, espécie nova e B. hamiltoni, espécie nova, no médio e alto Amazonas; B. hendersoni, espécie nova, na Amazônia central, baixo Negro e Essequibo; B. pinnicaudatus no médio e baixo Amazonas, baixo e alto Madeira, baixo Tocantins, bacia do Mearim e rios costeiros da Guiana Francesa; e B. provenzanoi, espécie nova, nas bacias do alto Orinoco e alto Negro. Cinco espécies são conhecidas das bacias Paraná-Paraguai-Uruguai e bacias adjacentes das drenagens do sul do Brasil: B. bombilla no alto, médio e baixo Paraguai, baixo Paraná, Uruguai e drenagens Patos-Mirim; B. brevirostris da bacia do alto Paraguai; B. draco das bacias do baixo Paraguai, baixo Paraná, Uruguai, Patos-Mirim e Tramandaí; B. gauderio das bacias do alto, médio e baixo Paraguai, baixo Paraná, Uruguai, Patos-Mirim e Tramandaí; e B. walteri das bacias do alto Paraguai e baixo Paraná. Duas espécies ocorrem nas drenagens costeiras do sudeste do Brasil: B. janeiroensis no São João, Paraíba e em drenagens menores nas adjacências; e B. jureiae no Ribeira de Iguape e Una do Prelado. Uma espécie ocorre no médio e alto rio São Francisco: B. menezesi, espécie nova. Três espécies ocorrem nas drenagens trans-Andinas: B. diazi nas drenagens do Caribe no norte da Venezuela; B. occidentalis nas drenagens do Atlantico e Pacífico do sul da Costa Rica e Panamá até Darién, e nas drenagens do Maracaibo, Magdalena, Sinú e Atrato; e B. palenque, espécie nova, nas drenagens do Pacífico no Equador.

Documentos Relacionados