A sociedade de rostos: Mulheres sem rosto como indício de novo humanismo nas redes sociais

AUTOR(ES)
FONTE

Tempo soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo Neste artigo busco entender de que forma a crescente importância da imagem humana “gradativamente individualizada” instaura e testemunha novas formas de organização e integração social no século XXI. Mostro como as imagens nas redes sociais podem agenciar mudanças na relação de poder entre os indivíduos, os Estados-nação, a cultura local e as desigualdades estereotípicas (étnicas, raciais e sexuais) em defesa de algo que os transcende e os liga. Momento em que o rosto emerge como imagem da humanidade. Parto para essa reflexão de seu avesso: a ausência de uma face – drama de mulheres paquistanesas que tiveram seus rostos desfigurados por ácido por seus companheiros, uma prática cultural que se agrava desde 1999. Problematizo a circulação, o debate e a solidariedade que essa incômoda imagem despertou nas redes sociais brasileiras. Discuto de que forma a violência contra a expressão mais visível da identidade social promove uma comoção para além das fronteiras nacionais e simbólicas, instaurando a ideia de humanidade.

ASSUNTO(S)

sociologia da imagem mulheres muçulmanas redes sociais humanismo

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