A senzala e o claustro: a escravidão e a ordem carmelitana na cidade de São Paulo no século XIX 1840- 1888

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O objetivo principal desta dissertação é propor a análise da Ordem Carmelitana em face da escravidão na cidade de São Paulo, principalmente a partir da segunda metade do século XIX. A pesquisa foi baseada em fontes bibliográficas e primárias, sendo estas últimas encontradas principalmente no Arquivo da Ordem Carmelitana em Belo Horizonte MG. Procuramos estabelecer relações entre a escravidão e a Ordem, a fim de descobrirmos elementos que compõem as suas histórias e a da própria cidade, buscando compreender como eram as relações dos religiosos com seus escravos e qual a importância da escravidão para a Província Carmelitana. Constatamos que a escravidão foi fundamental para a Ordem e afirmamos que é impossível dissociar a história dos Carmelitas e a dos seus escravos em muitos aspectos, quer sejam cotidianos, quer sejam econômicos. O esplendor da Província Carmelitana Fluminense foi mantido pelo trabalho de homens e mulheres que, em seus conventos e fazendas, mantinham-nas prósperas, podendo ainda, serem alugados para o aumento das receitas. As fontes são silenciosas com relação aos pensamentos dos escravos mas, pelas pesquisas, podemos afirmar que eles resistiam às suas condições com fugas e até mesmo com violência. Atentamos para a possibilidade de discussão e análise da escravidão nas ordens regulares para, dessa maneira, aumentarmos o conhecimento do contexto social, cultural, político, econômico e religioso das diversas regiões onde as Ordens se estabeleceram

ASSUNTO(S)

ordem carmelita são paulo ordem religiosa ordem terceira de nossa senhora do monte do carmo escravidao -- são paulo (cidade) historia do brasil imperio

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