A SAGA DE HARRY POTTER

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/03/2016

RESUMO

O presente artigo é um estudo da saga de Harry Potter a partir da perspectiva metodológica da mitocrítica de Gilbert Durand. Tal como uma jornada mítica, a saga de Harry Potter se estrutura conforme uma narrativa literária, portanto simbólica, o que nos conduz inevitavelmente a uma fenomenologia do sagrado, à busca de uma experiência numinosa, que ruma para a completude do existir, porque nos introduz em outro tempo e espaço, decorre no illo tempore do “Era uma vez...”, tempo cíclico, do eterno recomeço, onde tudo é possível, e numa terra ao mesmo tempo distante e íntima. Um estudo realizado não como uma obrigação acadêmica, mas como um deleite, um ludismo, um desejo mesmo de nos divertir. Mas como ao ludens e sobretudo ao demens acrescenta-se o sapiens, por que perder a oportunidade de refletir sobre a temática que tem orientado nossa vida acadêmica: a relação entre imaginário e educação?Relembrando com Gilbert Durand que toda cultura inculcada pela educação é um conjunto de estruturas fantásticas, “... é a imaginação que dá a isca (…), que serve de desencadeador antitético da decifração objetiva”, buscamos nesse estudo compreender quais as características e importância de uma literatura fantástica, que pensamos ser o caso. Focando, inicialmente, a saga de Harry Potter, entendida com Joseph Campbell como a jornada do herói, queremos mostrar a possibilidade, na obra, do desenvolvimento de uma pedagogia do imaginário, no caso em questão por meio da mitologia, da magia e da alquimia. Por fim, através do levantamento e da interpretação de arquétipos, imagens arquetípicas e símbolos que pululam no conjunto dos livros, vamos empreender uma mitocrítica, tal como a entende Gilbert Durand. O presente texto se refere à parte inicial desse estudo: a jornada do jovem herói Harry Potter.

ASSUNTO(S)

mitocrítica harry potter imaginário literatura fantástica

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