A relação proteína C-reativa/albumina é um fator prognóstico e preditivo na surdez súbita?

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Introdução: A perda auditiva neurossensorial súbita ou surdez súbita é uma emergência otológica significativa. Estudos anteriores revelaram uma coexistência dessa condição com inflamação crônica. A importância preditiva dos valores da relação proteína C-reativa/albumina como fator prognóstico tem sido demonstrada em várias condições inflamatórias e tumorais. Objetivos: O objetivo deste estudo foi determinar se a relação proteína C-reativa/albumina na perda auditiva neurossensorial súbita pode ser usada para fins prognósticos e se existe uma associação entre as relações neutrófilo/linfócito e proteína C-reativa/albumina. Método: Foram avaliados retrospectivamente 40 pacientes com diagnóstico de perda auditiva neurossensorial súbita idiopática e um grupo controle de 45 indivíduos saudáveis. As médias de tons puros de todos os pacientes foram determinadas na primeira consulta e repetidas 3 meses após o tratamento. Os pacientes foram separados em 2 grupos de acordo com a resposta ao tratamento. As relações neutrófilo/linfócito e proteína C-reativa/albumina foram calculadas a partir de testes laboratoriais. Resultados: Os pacientes incluíam 16 mulheres e 24 homens, com média de 44,1 ± 14,2 anos, e o grupo controle por 23 mulheres e 22 homens, com média de 42,2 ± 13,8 anos. A média da relação proteína C-reativa/albumina foi de 0,95 ± 0,47 no grupo de pacientes e de 0,74 ± 0,13 no grupo controle e a diferença foi estatisticamente significante (p = 0,009). A média da relação proteína C-reativa/albumina foi de 0,79 ± 0,12 do grupo com resposta ao tratamento e de 1,27 ± 0,72 no grupo sem resposta, sem diferença significante entre os grupos (p = 0,418). A média da relação neutrófilo/linfócito foi de 3,52 ± 3,00 no grupo com resposta ao tratamento e de 4,90 ± 4,60 no grupo sem resposta, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,261). Conclusão: A relação proteína C-reativa/albumina foi significantemente maior nos pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita do que no grupo controle. No entanto, embora a relação proteína C-reativa/albumina tenha sido menor nos pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita que responderam ao tratamento em comparação a aqueles que não apresentaram resposta, a diferença entre os dois grupos não foi estatisticamente significante.

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