A RELAÇÃO ESPAÇO E BIODIVERSIDADE SEGUNDO A VISÃO DAS COMUNIDADES NEGRAS DOS EUA EM “AMADA” DE TONI MORRISON

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/11/2017

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é identificar as representações ambientais incutidas num discurso de política racial no romance “Amada” da americana Toni Morrison sob o olhar ecocrítico. A partir de uma percepção sobre o espaço, demonstrando a relação dos espaços ocupados pelos personagens negros com a biodiversidade, na transmissão de sentimentos de topofilia, topofobia, topocídio, com destruição do próprio ser humano. A metodologia empregada é de caráter teórico, qualitativo-descritivo. Na intenção de esquematizar a pesquisa literária por meio de análises explicativas, descritivas e exploratórias, adentra-se o campo da Ecocrítica, Crítica Cultural e Geografia Humanista como base de sustentação do estudo. Explora-se a presença da natureza na produção literária dos principais escritores da literatura norte-americana, em busca da legitimação da Ecocrítica como campo epistemológico para uma prática Crítica Cultural. Também se discute a Geografia Humanista do ponto de vista espacial e a relação dos negros americanos com a biodiversidade na produção de Toni Morrison. Por fim, averígua-se a relação dos personagens com os espaços opressivos e a tentativa de fuga desses espaços para encontrar os lugares de resistências raciais no romance em questão. Constatou-se ao final da pesquisa que as análises dos espaços que foram feitas no romance “Amada” transmitem a revitalização de um passado à procura de dar voz a uma nova realidade histórica, o que poderá ser compreendido como a constituição de um espaço para uma “alteridade” que desafia e resiste ao discurso dominante.

ASSUNTO(S)

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