A redução protestante: uma análise introdutória das possibilidades do protestantismo na modernidade a partir da precariedade de sua linguagem simbólica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Este trabalho aborda a temática de linguagem em sua perspectiva simbólica. A linguagem de um modo geral, tem valor existencial. Forma uma cosmovisão, legitima uma dada interpretação da realidade, media a relação com o outro, inclusive com o totalmente outro; neste caso específico, a linguagem simbólica é tida como imprescindível, dado o caráter não fechado e evocativo do símbolo. Analisa também o protestantismo, sobretudo em sua versão puritana, enquanto religião que reduz o simbolismo religioso predominante no universo católico medieval. O protestantismo rejeita todo e qualquer adendo à relação estabelecida entre o ser humano pecador e o Deus intocável. A angústia que daí nasce deve ser superada solitariamente por meio de uma atuação bem sucedida no mundo, capaz de revelar o estado de graça do indivíduo. Isso tem implicações éticas, econômicas e religiosas. O protestantismo representa o clímax do processo de desencantamento do mundo por via religiosa, uma vez que por via científica ele está longe de chegar ao fim. A Modernidade desencantada ao afirmar a autonomia do indivíduo, destrói as instituições, desregula o crer, promove o pluralismo religioso, privatiza a experiência religiosa. O indivíduo é livre, porém esmagado pela falta de sentido existencial. A Modernidade liberta o indivíduo da religião, mas não suprime a religião; embora nem toda religião sobreviva na Modernidade sem optar pela insanidade. O protestantismo, com base em seu princípio de liberdade, é a religião da Modernidade, desde que consiga superar a tentação de posse da verdade. Até porque em sua essência o protestantismo afirma que a verdade sem a busca da verdade é apenas metade da verdade.

ASSUNTO(S)

modernidade teologia símbolo modernity symbol protestantism protestantismo language linguagem

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