A realização do sujeito pela elite paulistana do início do século XX: uma análise em perspectiva gerativista trans-sistêmica / realization of the subject by the elite of São Paulo beginning of the twentieth century: an analysis in Trans-systemic generativism perspective

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O presente trabalho analisa a trajetória dos sujeitos vazios e expressos na norma lingüística efetivamente utilizada pela elite paulistana, em fins do século XIX até a década de 1930, quando S. Paulo recebeu grande afluxo de imigrantes usuários de "línguas de sujeito nulo". Partindo de uma avaliação crítica do "variacionismo paramétrico", baseado em Labov e Chomsky, propomos o "gerativismo trans-sistêmico". Nessa perspectiva, a língua é gerada em dois níveis: no nível de origem biológica e inata, a faculdade da linguagem, após amadurecimento, dota o indivíduo de "competência lingüística"; no nível de natureza social, o habitus, depois de internalizado, o proverá de "capital lingüístico", tal qual proposto por Bourdieu. Temos, assim, um módulo gerativo que permite ao indivíduo oferecer seus produtos no mercado lingüístico altamente concentrado. A análise de corpora lingüísticos nos levou a concluir que a elite, apesar de fazer um maior uso do sujeito vazio, já incrementava o uso dos expressos, fenômeno já bem avançado no dialeto caipira. Tal comportamento é explicado por fatores estruturais internos à língua, e também expressa, do ponto de vista histórico-social, uma clara opção por uma forma lingüística que se opunha à norma dos imigrantes, tal qual previsto no habitus da elite.

ASSUNTO(S)

bourdieu. bourdieu. chomsky gerativismo transsistêmico história social da língua labov labov linguistic standard language of são paulo elite norma lingüística da elite paulistana null subject parameter parâmetro do sujeito nulo social history of language trans-systemic generativism chomsky

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