A razão do ritmo: série, processologia e arquitetônica da arte conceitual.

AUTOR(ES)
FONTE

ARS (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/09/2019

RESUMO

RESUMO As relações entre a arte e a filosofia mostraram-se estreitas desde o momento em que o conceitualismo introduziu a lógica da série nos seus processos. A partir da leitura cruzada entre alguns pensamentos filosóficos de vários horizontes e a obra de artistas dos anos 1970 (Mel Bochner, Robert Smithson), este artigo sugere analogias metodológicas entre construção da proposição artística e construção da proposição filosófica, o que chamamos de “razão do ritmo”. Excertos surpreendentes do “sistema das ideias cosmológicas” e da “arquitetura da razão”, em Kant, ou das famosas “séries” de Lógica do sentido, publicado em 1969 por Gilles Deleuze, permitem problematizar as convergências processuais características de uma fase histórica em que certos artistas procuraram agenciar forças enunciativas parecidas com as do conceito.ABSTRACT The relations between art and philosophy have proved to be close when conceptual art introduced the logic of the series in its processes. From the cross-reading of some philosophical thoughts of various horizons and the work of artists of the seventies (Mel Bochner, Robert Smithson), this article suggests some methodological analogies between the construction of artistic and philosophical propositions, which we call “reason of the rhythm”. Remarkable excerpts from the Kantian “system of cosmological ideas” and from “architecture of reason” or from the famous “series” of the Logic of sense published by Gilles Deleuze in 1969 allow problematizing procedural convergences typical of a historical phase in which some artists sought enunciative forces similar to those of the concept.

Documentos Relacionados