A quasi-materialist, quasi-dualist solution to the mind-body problem

AUTOR(ES)
FONTE

Kriterion: Revista de Filosofia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-06

RESUMO

Se o mental pode afetar ou ser afetado pelo físico, então o mental deve ser ele mesmo físico. Se não fosse assim, as explicações do mundo físico não poderiam ser fechadas - e elas são fechadas. Há razões para se pensar que o materialismo é falso, tanto em suas versões redutivistas quanto nas não redutivistas. Mas como explicar então a aparente sensibilidade do físico ao mental e do mental ao físico? A única solução possível parece ser a seguinte: objetos físicos são na realidade projeções ou isomorfos de objetos cujas propriedades essenciais são mentais. Um modo um pouco menos preciso de apresentar essa tese é o de dizer que propriedades constitutivas, i.e. não estruturais e não fenomenais, de objetos físicos são mentais, i.e. são propriedades tais as que habitualmente encontramos apenas por "introspecção". A cadeira, na medida em que a conheço através da percepção sensorial e de hipóteses estritamente baseadas na percepção, é um tipo de sombra de um objeto que é exatamente como ela, com a única diferença de suas propriedades essenciais serem mentais. Esse raciocínio, embora radicalmente contraintuitivo, explica a aparente sensibilidade do mental ao físico e inversamente, sem se expor às críticas feitas ao materialismo, ao interacionismo dualista e ao epifenomenalismo.

ASSUNTO(S)

filosofia da mente problema do corpo-mente fisicalismo dualismo

Documentos Relacionados