A qualidade de educação profissional e a perspectiva da flexibilidade e competencia tecnica do trabalhador
AUTOR(ES)
Claudio Fernando Hartman
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000
RESUMO
O crescente avanço tecnológico condicionou as empresas a utilizarem estratégias cada vez mais complexas. Fábricas foram integradas às redes de computadores, contribuindo com o aumento da velocidade do fluxo de informações sobre o sistema produtivo, fazendo com que o grau de flexibilidade do mercado de trabalho e o grau de flexibilidade salarial se tornassem parâmetros fundamentais no desempenho da economia. Observa-se também um alto índice de desemprego no país, levando os trabalhadores a procurarem outras alternativas de trabalho, na busca de sobrevivência num ambiente de crise decorrente, na maioria das vezes, de uma concorrência extremamente acirrada. Como as instituições de educação profissional têm lidado com esse cenário? Qual é a contribuição dos currículos dessas instituições na formação do trabalhador polivalente, mais flexível e auto-adaptável? Atualmente, em todo o mundo, buscam-se fórmulas para abreviar o tempo de adaptação que uma pessoa necessita para exercer uma nova "tarefa" no sistema produtivo que, a cada dia, se apresenta mais exigente. Em nosso país, onde o imediatismo é a tônica, temos como conseqüência uma margem muito maior de erros na formação desse trabalhador (PASTORE, 1997). Este trabalho visa contribuir com algumas idéias para a melhoria da qualidade dos currículos de educação profissional. 1. Parte-se do pressuposto de que a busca de qualidade deve ser a meta fundamental da sociedade e, sobretudo, das instituições de educação profissional. 2. Entende-se que a aplicação de princípios e ferramentas de qualidade na educação enfatiza seu significado mais verdadeiro, que é o de diagnosticar e orientar a melhoria contínua dos processos e produtos dos sistemas educativos. 3. Propõe-se com base numa metodologia que destaca a necessidade e analisar o grau de flexibilidade alocativa do Brasil. Indicadores dessa análise, quando coletados, parecem apontar que o Brasil é um país em que se pode e se deve investir na formação de mão-de-obra mais flexível, mais adaptável aos novos tempos. 4. Por fim, algumas sugestões para a qualidade do currículo voltado à educação profissional também são objeto deste trabalho
ASSUNTO(S)
mercado de trabalho educação profissional qualidade
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000202477Documentos Relacionados
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