A presença do Banco Mundial e do Banco Interamericano no financiamento do ensino fundamental e médio na Rede Estadual de Ensino do Paraná
AUTOR(ES)
Gonçalves, Maria Dativa de Salles, Santos, Jussara Maria Tavares Puglielli, Gouveia, Andréa Barbosa, Gabardo, Cleusa Valéria, Locco, Leila de Almeida de, Rech, Pedro Eloy, Silva, Sandra Terezinha da, Tavares, Taís Moura, Arcoverde, Yvelise Freitas de Souza
FONTE
Educ. rev.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
O artigo apresenta os resultados de pesquisa sobre os financiamentos internacionais do Banco Mundial (BIRD) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o ensino fundamental e médio, no Paraná, nos anos 80 e 90, em três governos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que estiveram no poder de 1983 a 1994. Apartir da identificação de que o primeiro governo (1983-1986) encaminha e redireciona, segundo prioridades democráticas ou comunitárias, projetos financiados com recursos externos (BID), negociados pelo governo federal, examinam-se, no segundo e terceiros governos (1987-1990 e 1991-1994) o processo de negociação e o conteúdo dos projetos especificamente educacionais, diretamente negociados pelo governo estadual com os Bancos. As razões que levaram os dois governos à busca de financiamento externo explicam-se fundamentalmente no quadro da grave crise econômica herdada da ditadura militar, com a conseqüente redução dos recursos públicos para as áreas sociais, além de outros motivos que se situam na concepção da educação como formadora de mão-de-obra para o desenvolvimento. O que se pode constatar é que os empréstimos, no caso do Paraná, foram importantes indutores do ajuste progressivo das políticas educacionais, que, nos anos 80, buscaram contemplar a universalização da escola pública, com qualidade, para a maioria da população, ao "pacote" do BIRD, cuja ótica é a racionalidade econômica. Entretanto, não se pode afirmar, por limitações históricas, que houvesse clara compreensão, naquele momento histórico (1983-1990), por parte dos agentes do governo (técnicos e autoridades), do grau de direcionamento das políticas educacionais que resultaria como contrapartida dos empréstimos. A hipótese que pode ser levantada a partir daí é a da plena adesão (identidade) do governo (técnicos e autoridades) que sucedeu aos anteriores às diretrizes dos Bancos.
ASSUNTO(S)
financiamento educação paraná projetos
Documentos Relacionados
- Financiamento público da rede estadual paulista de ensino fundamental no contexto do FUNDEF (1996-2006)
- Agenda do Banco Interamericano de Desenvolvimento para a rede municipal de ensino de Manaus
- O perfil motivacional do docente da rede estadual de ensino fundamental na paraíba
- Risco de inadimplência em uma instituição de ensino fundamental e médio do Paraná : aplicação da resolução 2.682/99 do Banco Central do Brasil
- Investigação da prevalência de ansiedade-traço-estado em professores do ensino fundamental e médio da rede estadual de Campo Grande/Ms