A Prática do Ensino de Inglês: desenvolvimento de competências ou legitimação das crenças? Um estudo de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. linguist. apl.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

A Prática do Ensino de Inglês (PEI) é uma das disciplinas que compõem o currículo do último ano dos alunos de Letras Anglo de uma universidade pública no norte do Paraná. Durante esse período, os futuros professores são expostos a novas experiências educacionais que pretendem contribuir para uma prática pedagógica informada e desenvolver bases analíticas para o trabalho profissional consciente. Embora boa parte dos estudos nessa área assegurem que a experiência do estágio é a principal fonte para a aquisição de conhecimento e habilidades essenciais ao bom professor (Richards e Crookes, 1988; Pimenta, 1997; Kulcsar, 1998; Piconez, 1998), estudos que se fundamentam na perspectiva da socialização questionam o impacto da prática de ensino no processo de aprender a ensinar de maneira informada (Lortie, 1975; Feiman-Nemser e Buchmann, 1989; Freeman, 1992). Nesse sentido, o relato apresentado busca discutir o impacto desse componente na formação dos alunos de Letras, segundo suas próprias perspectivas. Para tanto, procedemos a análise de entrevistas semi-estruturadas, bem como de relatórios dos estágios. Os resultados apontam que, embora os futuros professores enalteçam esse componente curricular, há limitações do impacto da PEI sobre o processo de aprender a ensinar reflexivamente, numa perspectiva crítica (cf. Tabachnick e Zeichner, 1991). A análise revela ainda alunos professores em estágios elementares de seu desenvolvimento profissional, segundo a classificação de Furlong e Maynard (1995).

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