A prática com a pulsão: do esquecimento à redescoberta
AUTOR(ES)
Costa, Marcio José de Araujo
FONTE
Rev. latinoam. psicopatol. fundam.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-06
RESUMO
Seguindo a hipótese de que o choque provocado por um acontecimento violento tem o poder de exilar o sujeito do circuito da pulsão invocante, discutimos a contribuição que uma oficina de composição de canções tem a oferecer para a transformação desse impacto traumático em narrativa. A partir da constatação de que a subtaneidade desse inesperado produz um fenômeno típico — o silenciamento do sujeito —, apostamos que nosso dispositivo de intervenção possa vir a possibilitar aos sujeitos afetados por experiências de violência e de desenraizamento, o compartilhamento e a reintegração de suas partes exiladas no momento do traumatismo. Ao final, conclui-se que o papel de passador/espectador exercido pelos próprios participantes, pelas pessoas que circulam pela instituição, ou ainda pelo próprio mediador, faz com que se autentique a voz pulsante daqueles que ali cantam, transformando-os em verdadeiros produtores de prazer.
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