A POBREZA TURÍSTICA NO MERCADO DE PACIFICAÇÃO: reflexões a partir da experiência da Favela Santa Marta
AUTOR(ES)
Freire-Medeiros, Bianca, Vilarouca, Márcio Grijó, Menezes, Palloma
FONTE
Cad. CRH
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
Desde os anos 1990, a Rocinha veio se consolidando como paradigma de favela turística, valendo-se de um modelo centrado na atuação das empresas privadas externas à favela e na indiferença permissiva do poder público. Este artigo analisa as inflexões práticas e discursivas que permitiram a quebra desse paradigma e a emergência de um modelo baseado tanto em parcerias entre poder público e mercado, quanto na mobilização de moradores como empreendedores. A partir de trabalho de campo e entrevistas, examinam-se as percepções e justificações desses vários atores – poder público, operadoras de turismo, moradores – envolvidos na conversão do Santa Marta em atração turística. A hipótese defendida é que o Santa Marta, primeira favela a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, oferece um ponto privilegiado de observação do novo campo de forças que define o lugar a ser ocupado pelas favelas em um projeto que toma o Rio de Janeiro como cidade-cartão-postal.
ASSUNTO(S)
turismo favela rio de janeiro pobreza pacificação
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