A performance do suicídio em Ariel, de Sylvia Plath
AUTOR(ES)
José Mariano Tavares Júnior
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
23/09/2011
RESUMO
Esta dissertação propõe investigar a escritura do livro Ariel (1965), de Sylvia Plath, como um tipo de poesia performática e ritual que fragmenta e reconstrói a experiência privada, manipulando a memória do corpo autobiográfico como forma de ensaiar e restaurar a subjetividade. Nossa proposta assume que, em Ariel, a transfiguração hiperbólica, paródica e transcendente de episódios reais, utilizados como matéria literária, subverte e corrompe a idéia especular de uma verdade confessional habitualmente relacionada à obra da escritora. Nosso objetivo é examinar pontos de confluência entre a poesia de Sylvia Plath e a performance art, partindo da idéia de que espetacularização do self, a exibição de rituais íntimos, a teatralização de circunstâncias autobiográficas e o desnudamento da loucura e da vulnerabilidade do sujeito, são procedimentos comuns à poeta e ao performer. Desdobrando-se simultaneamente entre o dentro e o fora do poema, o suicídio real da poeta e os ritos de morte e ressurreição performados no texto literário afiguram-se como elementos simbólicos capazes de revelar o espaço liminar do performer, onde o real e a representação coexistem, e onde o testemunho performático não emoldura apenas o corpo real do sujeito mas suas infinitas possibilidades de restauração através da arte.
ASSUNTO(S)
performance performer suicídio autobiografia confessionalismo ariel, sylvia plath. linguistica performance performer suicide autobiography confessionalism ariel, sylvia plath.
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