A palavra-buraco: bordaduras em torno de Marguerite Duras

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A vasta obra de Marguerite Duras, que transita entre a literatura e o cinema, entre relatos autobiográficos e ficção, expõe sua maneira de tratar a linguagem, através do que se pode nomear de escrita feminina, isto é, uma escrita que comporta e pressupõe a incompletude, as falhas, a falta de linearidade, os buracos e os vazios. A partir de três livros escolhidos - O deslumbramento de Lol V. Stein , Amor e Escrever - acompanha-se o procedimento dessa escritora em direção à depuração das palavras, à palavra-buraco - aquela que contem, mas também contamina todas as outras -, à letra, ao infinito literário. Tal qual o oleiro trabalha seu vaso, Duras tece, com sua escritura trançada com linhas de letras, suas bordaduras, na tentativa de bordejar e criar o vazio. Portanto, é sobre o vazio, a borda construída pela escritura ou, mais propriamente, pela escrita feminina de Duras, que se pretende aqui refletir

ASSUNTO(S)

duras, marguerite, 1914-1996. deslumbramento crítica e interpretação teses. mulheres na literatura teses. dor na literatura teses. psicanálise e literatura teses. duras, marguerite, 1914-1996. escrever crítica e interpretação teses. amor na literatura teses. escritoras francesas critica e interpretação teses. espaço e tempo na literatura teses. mulheres linguagem teses. comunicação escrita teses. duras, marguerite, 1914-1996. amor crítica e interpretação teses. crítica literária feminina teses.

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