A non-prescriptive approach of the facts of the Latin language / Uma abordagem não normativa dos fatos da língua latina

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Os primeiros questionamentos a respeito da linguagem vêm dos filósofos gregos. Interessavam-se em saber como as palavras se organizavam para formar mensagem inteligível. Depois dos estoicos, os pesquisadores da Biblioteca de Alexandria, diante da necessidade de estabelecer os textos dos quais recebiam lições diferentes, catalogaram os fatos de língua, e começaram um estudo da língua baseado sobre normas e regras. Mas a língua não se enquadra em normas rígidas e elas são frequentemente desmentidas pelo uso original que cada falante, a fortiori cada autor, faz dela, o que gera exceções. Uma aprendizagem baseada sobre regras e exceções se apresenta como pouco satisfatória para o intelecto. Quanto ao latim, ele apresenta tanto uma flexão verbal quanto uma flexão nominal; é por meio dessa última que são reveladas as relações estabelecidas entre as palavras pelo falante para comunicar-se com outra pessoa. Neste trabalho procura-se abordar o enunciado a partir de dois pontos: primeiro, sublinhando os significados que permeiam as relações expressas pelos casos para os nomes, pelos modos e tempos para os verbos, segundo, mostrando como as formas, parte física da palavra, se estabeleceram na diacronia, e se modificaram na oralidade sob o efeito da economia linguística. A língua originária, o indo-europeu, nos permitiu perceber que tanto cada um dos sufixos formadores dos casos -as desinências casuais- quanto cada um dos sufixos formadores da flexão verbal -sufixos modais, temporais e desinências verbais- contemplavam determinado significado; a diferença nas formas provém da oralidade. Antes de abordar a flexão, descrevemos as modificações fonéticas provenientes da junção dos sufixos desinenciais, modais ou temporais com o tema, já que essas modificações não dependem do significado ou do valor das palavras às quais se aplicam. No estudo das flexões, por necessidade metodológica apresentamos sucessivamente a flexão nominal e a flexão verbal. Para os nomes partimos do significado concreto que os casos tiveram certamente na sua origem e indicamos os valores que adquiriram, apoiando-nos sobre exemplos abonados de autores latinos; estudamos a seguir a evolução fonética das formas. Para os verbos destacamos os valores de aspecto -infectum, aoristo e perfectum- mantidos na língua no significado senão na forma, e as intenções subjacentes a todo ato de fala reveladas pelo uso dos modos independentemente da presença de conjunções. Quanto às formas verbais, estudamo-las junto com cada um desses pontos e ao mesmo tempo sublinhamos que apresentam uma formação sem surpresa quando vistas na sua evolução fonética.

ASSUNTO(S)

diachronical flexão nominal verbal inflection semantics nominal inflection flexão verbal fonética semântica phonetics diacronia

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