A moralidade do salteador: Manoel Bomfim contra o espectro do colonialismo
AUTOR(ES)
Cesar Luis Sampaio
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
A dissertação direcionou o foco analítico para as obras de Manoel Bomfim, privilegiando as preocupações dadas pelo autor a vários aspectos da sociedade latino-americana, especialmente a brasileira. Questões como o Estado, Nação e Nacionalismo são temas constantemente discutidos, envolvendo propostas do autor para possíveis soluções dos problemas em que o Brasil estava, e de certa maneira ainda está, envolvido. A delimitação para este estudo inscreve-se no período da Primeira República, mais especificamente de 1905 à 1931, período em que Bomfim escreve suas quatro obras históricas (A América Latina: males de origem - 1905; O Brasil na América - 1929;O Brazil na História - 1930; e O Brasil Nação - 1931),ou seja, que se referem ao tema da dissertação. Este recorte ocorre num momento muito conturbado da história nacional, onde a discussão política e cultural são efervescentes, juntamente com a crença na possibilidade de transformações reais. Prezamos a busca da determinação social, ou seja, as circunstâncias segundo as quais o objeto (obra do autor) foi produzido, marginado, limitado, condicionado. O trabalho tenta recuperar o pensamento de Manoel Bomfim pela crítica ontológica da visão de mundo do próprio autor, ou seja, na busca da constituição interna do objeto historicamente produzido, respeitando sua lógica interna, à sua integridade própria. Dentro desta perspectiva vemos um grande humanista, preocupado com as questões políticas, mas principalmente com aspectos sociais. Politicamente foi defensor de uma sociedade urbana e industrial voltada a defesa do capital nacional, temendo o imperialismo que se perpetuava através do pensamento colonialista. Socialmente defendeu a educação gratuita à massa, juntamente com a exaltação do povo brasileiro, valorizando sua confusa mistura racial que até então era vista como perniciosa ao futuro da nação
ASSUNTO(S)
historia bomfim, manoel 1868-1932 -- critica e interpretacao
