A miragem do carburante nacional: árvores, açúcar e o terreno da construção de combustíveis alternativos no Primeiro Governo Vargas (1930-1945)

AUTOR(ES)
FONTE

História

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/01/2018

RESUMO

Resumo Enquanto solução para a crise de superprodução açucareira, fator de equilíbrio para a balança comercial, exploração de recursos naturais e de estratégia militar, os combustíveis alternativos ilustraram vários discursos durante o Primeiro Governo Vargas. O presente artigo visa analisar o papel desempenhado pelas políticas de fomento à produção de combustíveis alternativos no Brasil. Nesse sentido, ele centra a sua análise nas ideias, na circulação de tecnologia e nas tensões geradas pelo aumento da utilização desses combustíveis alternativos. Outro aspecto a ponderar será a silvicultura e a agricultura científica que se tornaram locus privilegiado dos discursos em prol do uso racional das florestas e do solo. Assim, propõe-se discutir as ideias de acadêmicos, técnicos, estadistas e agricultores na construção do que se chamou “combustíveis nacionais”. Sobre o assunto, as revistas agrícolas, a legislação florestal e açucareira, os trabalhos técnicos do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e do Instituto do Açúcar e do Álcool foram de crucial importância. A abordagem do fortalecimento das políticas de combustíveis alternativos permite que se compreenda a forte ênfase dada à autossuficiência energética em um quadro maior de crise açucareira, agricultura predatória e devastação do patrimônio florestal.

ASSUNTO(S)

combustíveis alternativos patrimônio florestal açúcar

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