A margem do limite : fornteira e narrativa na Foz do Breu, Acre, Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O Rio Breu é o marco oficial do ?fim? do Brasil, no estado do Acre. Último afluente do Rio Juruá em território nacional, o Rio Breu faz a fronteira por linha d? água com o Peru. Inicialmente, território indígena e, sucessivamente, território peruano, acreano, brasileiro e parte da Reserva Extrativista do Alto Juruá, a Foz do Breu é exemplar para questionarmos a noção corrente de fronteira. Uma forte rede social transpassa os moradores da Foz do Breu. São filhos, netos e bisnetos de três irmãos: Roseno, Raimundo e Ernestina Rodrigues da Silva. Ernestina, nossa personagem central, chega na Foz do Breu por volta de 1940, como empregada do patrão Cândido Ferreira Batista que lá mantinha um entreposto comercial ou barracão desde meados de 1908. Casa-se com o filho do patrão, Dulcílio Ferreira Batista e após o falecimento do sogro e do marido conduz uma vasta rede de interações sociais que asseguram a ?soberania brasileira? na região há um século. Redes que envolvem populações indígenas, como os Huni Kuin e Asheninka, peruanos e outros vizinhos. Ao acompanhar as estratégias de ocupação na região, em particular, as promovidas pelos Ferreira Batista e Rodrigues da Silva procuro demonstrar como e em que medida, estratégias narrativas orais e escritas e estratégias familiares como os casamentos e o compadrio combinam-se e interagem na justaposição e regulagem dos dinâmicos territoriais e geopolíticos em questão

ASSUNTO(S)

geopolitica - amazonia territorio nacional genero narrativas pessoais memoria

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