A linguagem da Escola Semiótica de Tártu-Moscou e as traduções de Iúri Lotman no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/11/2019

RESUMO

RESUMO O uso de linguagem codificada e esópica nos trabalhos dos semioticistas que integraram a Escola Semiótica de Tártu-Mosou foi motivado pelo desejo de serem compreendidos pelo círculo e não compreendidos por possíveis intrusos indesejáveis dos órgãos de controle soviéticos. Um dos termos centrais utilizados pela Escola - os “sistemas modelizantes secundários” - foi sugerido por Vladímir Uspiénski com o objetivo de substituir a palavra "semiótica", associada à semiótica ocidental. Ao cotejar o artigo de Iúri Lotman Sobre o problema da tipologia da cultura, de 1967, com a tradução para o português do Brasil de Lucy Seki, que integrou a coletânea Semiótica Russa, organizada por Boris Schnaiderman, objetivo verificar se as peculiaridades do texto original, que surgiram devido às condições histórico-políticos da sua criação, foram preservadas na tradução.ABSTRACT The use of codified and Aesopian language in the works of the semioticians who were members of the Tartu-Moscow Semiotic School was motivated by the desire to be understood by the School members and notunderstood by possible unwanted intruders from Soviet control organizations. One of the key terms they used was secondary modeling systems, which Vladimir Uspensky suggested to replace the word semiotics, associated with Western semiotics. By comparing Yuri Lotman’s essay Problems in the Typology of Culture (1967) to Lucy Seki’s translation of the essay into Brazilian Portuguese, which is part of the book Semiótica Russa [Russian Semiotics], edited by Boris Schnaiderman, I intend to verify if particularities of the original text, which resulted from the historical and political context in which the essay was produced, were maintained in the translation.

Documentos Relacionados